Natal no Beco

Domingo, início de noite. Um integrante de um terno da folia de reis samba ao som de um trio de músicos. Eles executam clássicos do samba e veem, diante deles, um folião de reis sambar com um pandeiro debaixo do braço. Sambou o folião, sambaram atores e atrizes, professores, estudantes...Talvez o grande mérito do Natal no Beco, realizado em Vitória da Conquista - BA, entre os dias 17 e 21, seja exatamente este. O de reunir tantas pessoas num espaço público. Para ser mais preciso, num beco. Uma rua bem estreita, por onde trafegam tantos carros durante a semana e que, nestes dias, tem abrigado manifestações incomuns para a seriedade aparentemente intransponível do dia a dia. De tanto movimento de veículos, a sensação é a de que aquele é um espaço privado, onde não podemos exercer o nosso direito de usufruir do que é público.
Nestes dias, porém, o barulho ensudercedor de buzinas e motores, estão sendo substituídos por acordes, batucadas, poesias recitadas. Vale dizer que, para participar de tudo isso, não foi preciso pagar ingresso. Não é necessário medir força com carros, donos da rua. Podemos transitar de um lado para o outro livremente e, por impressionante que pareça, com segurança. Isso mesmo, entre aqueles que ali estão nao se ouviu uma palavra de medo, de receio diante da ação de algum suspeito. A polícia esteve lá, sim. No entanto, digo como testemunha, eles ali estiveram vendo, sentido, falando de arte. Posso dizer isso porque disfarçadamente flagrei policiais lendo mensagens deixadas pelos visitantes do Beco, num mural onde podem ser deixados recados por quem passa por ali. Ainda digo disfarçamente porque pareço não ter aprendido ainda a usufruir deste direito de ficar no meio da rua imerso num mundo de sons, cores, formas e livre exercício da imaginação.

Tenho pra mim que este Natal no Beco me oferece elementos bem ricos,me fazendo dar seguimento à leitura do livo "Aventura das Cidades", de Janice Caiafa. Demonstrando preocupação com o processo de privatização das cidades, o texo dela nos serve de manancial de ideias em busca da vida "ao ar livre". Tentando destacar uma das muitas passagens decisivas do texto, darei atenção, por enquanto, para uma: "A força criadora das cidades vem precisamente de se chamar à rua e de se ocupá-la (...) Uma rua habitada não precisa de polícia. De fato, a violência é muito mais provável nas regiões despovoadas, onde as pessoas preferem permanecer entre conhecidos em ambientes familiares, onde o espaço público está abandonado". É o que está lá na página 25 e que serve de inspiração para que pensemos em saída para povoar as cidades.

El Secreto de Sus Ojos

Na terça-feira, 7 de dezembro, chega ao fim a Mostra "Fotografia, Cinema e Memória". O ponto de partida para as dicussões será o filme argentino "El Secreto de Sus Ojos", produzido em 2009. Como tem sido tradição na Mostra, antes do longa será exibido mais um produto do fotógrafo baiano Claude Santos. Desta vez, "Cinco Retratos Esquecidos". Veremos, então, de que modo cinema e memória dialogam com a fotografia.

Este filme traz a fotografia de uma maneira bastante enigmática. É justamente a leitura de uma fotografia que dá novos rumos para a trama. É uma concepção de memória bem interessante, onde a fotografia funciona como um instrumento de atualização de fatos passados, com base no presente. O comentário após o filme seguirá justamente nesta direção, em que a fotografia será analisada à luz de fragmentos da filosofia de David Hume, Henri Bergson e Gilles Deluze.

Oportunidade legal para falar de fotografia. Nesta terça, a mostra acontece na sala de videoconferência do prédio da TV UESB, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Começa às 19:30.

A artista visual Rogeria Maciel visita o Instituto Sacatar e colabora com a instituição com o seu conhecimento em crítica da arte

Os artista visuais Rogeria Maciel e Willyams Martins e o Coordenador do Instituto

Sacatar Alex Esquivel.

O Instituto Sacatar, uma entidade sem fins lucrativos, e tem um programa de residências artísticas. O Sacatar oferece a artistas do mundo inteiro, também artistas brasileiros de diversas áreas, premiando-os com os custos com transportes, alimentação e estadia, além de um studio exclusivo para se produzir arte.

Para saber mais sobre o Instituto Sacatar acesse o Site http://www.sacatar.org/

Ópera Brasileira e Sertaneja

Matéria publicada pelo jornal Estado de Minas no último dia 21 sobre o Festival da Ópera Brasileira. Vale a pena conferir - clique sobre a imagem para ampliá-la.

"De viola, formas e cores"

A exposição artística "De viola, formas e cores" reuniu esculturas do artista plástico Dão Barros e pinturas de Sílvio Jessé. Estas são algumas das fotos da exposição, que foi montada no Restaurante Carneiro & Cia., na noite do Canto Lunar, no dia 20 de novembro de 2010.

A curadoria foi feita por Rogério Luiz Oliveira, que assinou este texto de apresentação.

O Viveiro de Cantigas pensou que na noite do Canto Lunar, não poderiam faltar pequenas demonstrações das artes visuais que são inspiradas neste ar sertanejo. Evidentemente que tarefa como esta exige um esforço infindável, visto que são muitos os artistas que se manifestam por meio das artes plásticas. A árdua tarefa, então, foi optar por dois deles, reunindo-os na mesma exposição “De viola, formas e cores”. O próprio nome é sugestivo no sentido de dizer que a viola, que divide com a lua o papel de grande anfitriã da noite, também está presente nos traços e formas das obras de arte.
As formas, em questão, brotaram da dedicação e inspiração do artista plástico, músico e luthier Dão Barros. Um autodidata na arte de versar, de compor harmonias e de esculpir, Dão deu sentido a palavras, harmonia aos acordes e formas a pequenos pedaços de madeira. Seu trabalho escultórico revela tamanha sutileza que, por vezes, suas esculturas parecem emitir som. Música e escultura sempre caminharam juntas no modo de expressão de Dão Barros. Nesta sua passagem por aqui, que durou até 2010, quando faleceu, muitos foram os momentos de percepção de sons soltos no ar e curvas disfarçadas em meio à madeira já pertencente à natureza morta. As obras de Dão Barros, disponibilizadas para a exposição revelam a alma e a intensidade de um verdadeiro artista.
Se já esclarecemos o sentido da viola e das formas no nome da exposição, falta-nos, então, falar das cores. Falemos, pois, do artista plástico Sílvio Jessé. Conquistense nascido na década de 1960, Sílvio costuma dar cores aos seus traços que tão bem representam o cenário comum da terra natal. A cena, muitas vezes, é de seca, de sofrimento, de falta de esperança.
No entanto, a uniformidade de paisagens cinzentas, ganha a companhia da intensidade de cores que sinalizam os mais bonitos e esperançosos sentimentos que, no fundo, habitam nossos desejos diante de cenas como aquelas. Há de se sublinhar o verde, a cor que traduz mais que nossa vontade, mas a renovação de uma força que nunca seca diante das dificuldades.

Rogério Luiz Oliveira

Blow-up na Mostra Fotografia, Memória e Cinema

Nesta terça-feira, ia 23 de novembro de 2010, a Mostra Fotografia, Memória e Cinema segue com a programação. Desta vez, Blow-up, de Michelangelo Antonioni. O comentário fica por conta do Prof. Dr. Jorge Viana, um amante e estudioso da fotografia. A expectativa é grande para o comentário do professor, já que em seus estudos ele prioriza os efeitos da exploração de inusitados pontos de vista na fotografia. Para se ter uma ideia, em suas pesquisas ele dedica atenção ao fotógrafo Alexander Rodtchenko.
Antes de Blow-up, será exibido o produto audiovisual Moinho de Vento, de Claude Santos. É um trabalho em homegam ao poeta Mário Quintana.
A Mostra é uma realização do Programa Janela Indiscreta - Cine Vídeo.

Uma noite de lua, um Canto Lunar

Aí gente. Tudo bem? Passo de duas da madrugada e posso dizer que a noite do Canto Lunar foi mágica. A lua cheia estava reluzente e o céu bastante estrelado. Miltinho Edilberto, Geslaney Brito e Iara Assessú nos presentearam com apresentações muito emocionantes. O evento foi super bacana. Um público grande e bastante caloroso foi ao Nazaré Ranch. Ainda rolou a exposição "De viola, formas e cores", com obras de Sílvio Jessé e Dão Barros, dois artistas conquistenses. Bom, logo trago mais notícias e mais fotos da noite.

Sabe aquela noite que você sai de casa e não imagina que vai ouvir um violeiro tocar Beatles naquelas dez cordas? Pois é, Miltinho estava inspiradíssimo hoje. Contou aquelas histórias divertidíssimas, explorando as figuraças humanas de cada região do nosso país. O mineiro que conversa com o gaúcho, a reação dos homens de vários estados diante da mesma situação de ver a mulher o traindo. Boas risadas... Acho que uma postagem só é pouco espaço para umas coisas que preciso dizer.

Canto Lunar

Noite de lua cheia, som de viola, culinária regional, boa bebida, exposição de obras artísticas e gente disposta a vivenciar e falar de arte. Pode parecer trecho de romance ou de poesia; quem sabe, verso de moda de viola...
É o que está previsto para o dia 20 de novembro, no Restaurante Carneiro & Cia., em Vitória da Conquista, na noite do Canto Lunar. A ocasião está sendo preparada pelo Viveiro de Cantigas, um projeto idealizado e concretizado por pessoas que apreciam a boa música regional. Desta vez, o anfitrião da noite enluarada é o violeiro Miltinho Edilberto, o responsável por fazer ecoar os versos e os acordes de sua viola pelo ar sertanejo.
Durante o Canto Lunar, haverá espaço para a apreciação de pratos feitos pelo chef de cozinha Anderson Rocha, um especialista em iguarias à base da carne de carneiro. Na mesa, serão servidos queijos, salames, presuntos (frango/peru/bovino/suíno), pães, filé de frango ao molho madeira, parma (suíno/cordeiro) e quibe. A noite ainda reserva espaço para manifestações artísticas locais. Primeiro, no que diz respeito à música, é preciso falar da participação especial de Geslaney Brito e Iara Assessú. Depois, em relação às artes plásticas, o cenário sertanejo estará representado nas esculturas de Dão Barros e nas pinturas de Sílvio Jessé. Juntos, na exposição artística “De viola, formas e cores”, será possível tatear com os olhos as formas que só este sertão tem.

Mostra Fotografia, memória e cinema

Nesta terça-feira, 16, foi exibido o primeiro filme da Mostra Fotografia, Memória e Cinema, Evandro Teixeira: instantâneos da realidade. Por causa da chuva forte que caiu em Conquista hoje muita gente não consegui chegar à UESB. O comentário de Zé Silva foi muito bacana. A exibição estimulou um bate-papo rápido, que não pôde ser prolongado por causa do avançar da hora. Na terça que vem tem mais. Blow-up vem aí.
Ah! Aproveitando, segue texto que foi publicado no site www.vitoriadaconquista.com.br. É um texto de Juliana Silva, aluna do curso de Comunicação Social da UESB e que já tá mandando ver na reportagem...

Mostra Fotografia, Memória e Cinema
Por Juliana Silva. Site www.vitoriadaconquista.com.br

O Programa Janela Indiscreta promove, de 16 de novembro a 7 de dezembro, às terças-feiras, a Mostra Fotografia, Memória e Cinema. A Mostra foi idealizada pelo professor do Curso de Comunicação Social, Rogério Oliveira. Rogério, amante e pesquisador da fotografia, acredita que, por meio da exibição e do debate dos filmes, possa suscitar uma importante discussão sobre as variadas concepções em torno de memória e imagem fotográfica.
A mostra começa amanhã, com o filme “Evandro Teixeira: Instantâneos da Realidade”, de Paulo Fontenelle. No dia 23, será exibido “Blow-up”, de Michelangelo Antonioni. Na terça seguinte, dia 30 de novembro, será a vez do filme “Pierre Verger: Mensageiro Entre Dois Mundos”, de Lula Buarque. E para encerrar a mostra, haverá a exibição de El Secreto de Sus Ojos”, de Juan José Campanella.
Após cada sessão, haverá um comentário feito, respectivamente, pelo fotojornalista José Silva; o professor Jorge Viana; o fotógrafo Carlos e Rizério; e o próprio professor Rogério. Já antes da exibição dos filmes, o público poderá assistir aos curtas, produzidos pelo fotógrafo baiano Cloaude Santos. Em um trabalho belíssimo, ele constrói variadas narrativas utilizando, simplesmente, a fotografia.
As sessões são gratuitas e terão início, sempre, às 19h30.

Fotografia, Memória e Cinema

Oi, gente. Texto publicado no site da UESB e que informa sobre a Mostra Fotografia, Cinema e Memória.

Filmes que comprovam o uso da fotografia como artefato das mais diferentes vertentes da atuação do homem

por Janela Indiscreta

Encerrando a programação anual do Cinema na Uesb, o Janela Indiscreta realiza, de 16 de novembro a 7 de dezembro, às terças-feiras, a Mostra Fotografia, Memória e Cinema. As sessões são abertas ao público e gratuitas, com início às 19h30. Após cada exibição, um comentarista convidado discute o filme.A MostraA convite do Janela Indiscreta, o professor do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da Uesb (DFCH), Rogério Luiz Oliveira, um apaixonado pela fotografia, pensou a mostra com a intenção de trazer, por meio da exibição e do debate dos filmes escolhidos, as variadas concepções em torno de memória e imagem fotográfica. A programação inclui os filmes “Evandro Teixeira: Instantâneos da Realidade” (foto), de Paulo Fontenelle (16 de novembro); “Blow-up”, de Michelangelo Antonioni (23 de novembro); “Pierre Verger: Mensageiro Entre Dois Mundos”, de Lula Buarque (30 de novembro); e “El Secreto de Sus Ojos”, de Juan José Campanella (7 de dezembro). Informações sobre a Mostra, pelo telefone (77) 3425-9330. Acesse também site www.janelaindiscretauesb.com.br.

Bom, vale dizer que o comentário do filme "Evandro Teixeira: instantâneos da realidade" será feito pelo fotojornalista José Silva. Um cara que tem muita experiência nesta área e que vai falar de suas impressões sobre o filme e o cotidiano do fotojornalista.
Antes do longa, será exibido um produto audiovisual do fotógrafo baiano Claude Santos, que constrói narrativas audiovisuais utilizando fotografias. Nesta terça-feira, será exibido o trabalho "Canudos".

Fechando o Beco

Nos dias 5 e 6 de novembro, rolou o "Fechando o Beco", em Vitória da Conquista. Foi um momento bem bacana, em comemoração aos 170 anos da cidade. O projeto foi idealizado pelo maestro João Omar, coordenador de cultura do município e realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. A ideia foi, literalmente, fechar um beco no centro da cidade e ocupar este espaço público com manifestações artísticas. Música clássica, samba, choro, intervenção teatral, artesanato, fotografia, artes plásticas, charge, escultura. Teve de tudo nestes dois dias. Uma constatação legal é a de que o prefeito esteve por lá e parece ter gostado do que viu, a ponto de dizer que deseja que isso aconteça mais vezes até o final deste ano. É papel do Múltipla cobrar isso, hein?! Então vamos encerrar de modo bem otimista. A gente se vê no próximo "Fechando o Beco..."

Ah! Essa figuraça aí fotografando é Dan, um garotinho que apareceu por lá e se amarrou nessa história de fotografar. Uma manhã em que ele esteve lá e parece ter encontrado um lugar que ajudasse a florescer o gosto pela arte. Vamo fechar mais beco...

Hi Tech e Museu Portátil

Esta informação é uma contribuição da artista visual baiana Virgínia Medeiros.

A obra do artista Mauri Gralha - integrante do Múltipla Cidade - Intervenção Urbana dialoga com o conceito da pesquisa de doutorado intitulada Museu Portátil - de uma colega sua de origem espanhola - que desenvolve na Escola de Comunicação e Artes USP. Ela pesquisa artistas que constroem dispositivos ambulantes, transpotáveis para a produção e exibição de arte. É o caso do coletivo Centro Portátil de Arte Contemporâneo CPAC - da Cidad do México, (foto) trata-se de um dispositivo para intervenções breves, que pode ser movido e instalado por uma pessoa.



Bacana saber que Mauri Gralha desenvolve um trabalho artístico em sintonia com outros artistas do mundo. É demais!!!

PARQUE IOTIM, Brumadinho, MG

Iotim é um lindo parque e um grande meseu a céu aberto - que está situado no Município de Brumadindo - MG - seu acervo possui mais de 500 obras de mais de 100 artistas contemporâneos - esculturas, instalações, pinturas, desenhos, fotografias, flimes e vídeos

Destaco esta obra monumental do artista pernabucano TUNGA - intitulda TRUE ROUGE - composta por madeira, vidro soprado, pérolas de vidro, tinta vermelha, esponja do mar, bolas de sinuca, escovas, limpa-garrafas, feltro, bolas de cristral - 1311 x 750 x 450 cm - data: 1997

Encontro no atelier da artista Valdelice Neves em BH

Um produtivo e agradável encontro com das artistas Janeth Polck, a anfitriã Valdelice Neves e Rogéria Maciel. Muita prosa sobre arte contemporânea e processos pessoais, acompanhada de pão de queijo e café quentinho, no amplo atelier da Valdelice - na Av. Bandeirantes em Mangabeiras - BH.

A artista visual Rogéria Maciel participou como artista convidada do Festival de Artes Plásticas de Tiradentes - Minas Gerais.

Muitas atividades foram desenvolvidas durante o período entre 8 a 12 de outubro no Espaço Cultural Vila Libertas e em vários outros espaços da histórica cidade.

A artista visual Valdelice Neves, o critico internacional de arte contemporânea Ted Decker e a artista multimídia e curadora Rogeria Maciel.

Como convidados especiais compareceram a artista visual Valdelice Neves, o pintor Fernando Pacheco, o escultor Mário Neves, a artista multimídia e curadora Rogeria Maciel e o crítico norteamericano Ted Decker. O evento é uma idealização e parceria entre os produtores culturais independentes Luiz Otávio Brandão e Rodrigo Santto, com o apoio de empresas e instituições nacionais e internacionais. Certamente uma iniciativa a ser seguida.

A cidade é linda! Bucólica e bastante cuidada. Se respira arte e cultura por toda parte. Tudo é inspirador...

Oficina de Iniciação à Arte Contemporânea - com Educadores Sociais - Vitória da Conquista

Aconteceu no dia 16 de Setembro de 2010, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima - Vitória da Conquista - Bahia a oficina de iniciação à Arte Contemporânea com educadores sociais do programa de erradicação do trabalho infantil - PETI - que tem como gerente de Rede a piscopedagoga Eliane Gusmão e o psicólogo social Dr. Valter Rodrigues como norteador das atividades multidisciplinares - o encontro contou com a orientação do jornalista Rogério Oliveira e da artista visual Rogeria Maciel e como material de apoio foi utilizados o Gibi Histórias do Tonhão - de autoria do Jornalista e chargista Gil Brito - exibição do videoarte do jornalista Britto Filho e de imagens das apresentações artísticas do Múltipla Cidade - Intervenção Urbana, seguido de exibição e análise de imagens de obras de artistas contemporâneos, leitura de texto crítico e visita guiada ao Salão Regional de Artes Visuais da Bahia - foi distribuído material didático digital a todos os educadores - editado por Rogéria Maciel, como recurso de apoio futuro.

Mauri Gralha - premio incentivo da Fundação Cultural, Gisele Nussbaumer- diretora geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia, e os componetes do Juri de Premialção formado por Dilson Nidlej - crítico de arte, Rogeria Maciel e Virgínia de Medeiros - ambas artistas visuais.

Hi-tech- Piratas do Caribe e de Toda Parte - apresentação da performance de Mauri Gralha - Salão Regional de Artes Visuais - Edição Vitória da Conquista

Hi-Tech - Piratas do Caribe e de Toda Parte - Obra Premiada

O artista Mauri Gralha foi premiado com a obra Hi- tech - Piratas do Caribe e de Toda Parte - no Salão Regional de Artes Visuais - Edição Vitória da Conquista - com o Premio Incentivo - promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia.

Na mostra oficial de artes estão expostas obras de 26 artistas nas mais diversas linguagens, entre eles o artista gráfico e chargista Gil Brito pertencente ao nosso grupo com o HQ - Histórias do Tonhão, além do Coletivo Peteca - de Vitória da Conquista com a série fotográfica A Lua Sina Ação. Vale pena conferir, é um ótimo exercício do olhar e de reflexão sobre Arte Contemporânea.

Artigo Científico - sobre o Múltipla Cidade

Breve publicaremos o artigo científico sobre o Múltipla Cidade - apresentado no Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura - que aconteceu entre os dias 25 a 27 de maio de 2010 - em Salvador - BA.

Obras

Sobre as Obras e o Coletivo:

As cidades também acreditam ser obras da mente ou do acaso,

mas nem o outro basta para sustentar as suas muralhas. De

uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete

maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas.

Ítalo Calvino

Ao escolher esse grupo de 10 artistas, procuramos tomar o espaço urbano e a vida em sociedade da cidade de Vitória da Conquista, tendo como foco um universo multidisciplinar para pensar, informar e motivar os habitantes da nossa região em seus desejos na busca de sentido para si e para o seu mundo.

Durante um ano aproximadamente estudamos e pensamos a cidade de Vitória da Conquista, e o resultado desses pensamentos acerca de um tema central: o fluxo migratório. O ir e vir dinâmico que faz da nossa cidade um referencial para microrregião. O deslocamento que faz desta cidade o ponto de partida ou de chegada para os que buscam melhores oportunidades. Foram transformados em nove obras de arte contemporânea idealizadas especialmente para a intervenção urbana, e buscaram relacionar com a arquitetura, o espaço, a sociedade, a maneira de lidar com o tempo, estabelecendo situações de trocas e aproximação com as pessoas na cidade. As obras nos convidam a nos reconhecer em aspectos políticos e poéticos e em sua totalidade são constituídas pelos sentidos que se confere a elas e pelo lugar que ocupam nas nossas experiências cotidianas com a força das pequenas narrativas.

Esperamos que ao ter conduzido as experiências e pensamentos poéticos desses artistas diretamente ao público, tenhamos contribuído positivamente de alguma maneira com a dessacralização das artes visuais transformando esses dias em algo significativo para o nosso interior.

Rogeria Maciel e Rogério Oliveira

Curadores

Histórias de Tonhão - Gil Brito - HQ

Livre Feira - Britto Filho - (Vídeoarte - distribuição de pipocas antes da exibição na Rodoviária)

Palavras Refletidas - Lu Rosário (Poesia Falada)

Adeus Supérfluos - Rita Rizério (Performance - ônibus urbano)

Ponto - Shirley Ferreira - (Teatro Clown)

Passagem em Branco - Date Sena - (Colagem)

Hi- tech - Piratas do Caribe e de toda Parte - Mauri Gralha - (Instalação Itinerante e Performance)

Viajando no Varal - Mônica Lula (Instalação Fotográfica)

Papo Cabeça - Vanélio Medeiros (Performance)

Poesia, Contos e Outros Textos - Victor Pereira Sousa (poesia visual)

Gil Brito

O jornalista e chargista Gil Brito nasneu em Caculé porque faltava estrutura na pequena Guajeru, no interior do Estado da Bahia, onde foi criado. Em busca de melhores oportunidades se mudou para Vitória da Conquista, onde fez curso de jornalismo.

É um leitor incansável. Um jovem de 22 anos com o pé no passado dos fatos históricos e com a cabeça no futuro. Os traços dos desenhos que faz desde criançarevelam um jovem atento aos acontecimentos da realidade onde vive. Senso crítico que resultou no convite para ser colaborador da revista Caros Amigos, que circula em todo o Brasil, onde publica charges mensalmente.

O gibi Histórias de Tonhão traz três histórias que abordam temas relacionados à arte contemporânea. Histórias de Tonhão tem uma tiragem de 2.000 exemplares que serão distribuídos entre crianças e adolescentes de dois programas de assistência social de Vitória da Conquista: Programa Conquista Criança e Programa de Erradicação do Trablho Infantil - PETI. O Múltipla Cidade irá oferecer uma oficina para os educadores desses dois programas afim de qualificar a distribuição e instruí-los a utilizar o gibi na apresentação da arte contemporânea para os beneficiados pelos citados programas.

Projeto Gráfico: Ailton Fernades

Victor Pereira Sousa

Poesia, Contos e outros Textos - poesias visuais sobre tabuletas. O cotidiano, as questões polêmicas, a ansiedade da demora na espera de um ônibus apresentados em formas sofisticadas e sem excessos fazem com que a intenção do poeta ganhe ainda mais força, sobretudo pelo sentimento que as palavras relacionam com as imagens nos fazendo transitar entre a razão e a subjetividade.

Mônica Lula

Iniciou sua carreira como fotojornalista, trabalhou como free lancer em jornais e revistas. Em 1992 muda-se para Salvador - BA, onde trabalhou em um jornal alternativo. Atualmente trabalha com fotografia art´stica, social e jornalistica.

Participou do Projeto e Exposição CULTURA, TEMPO, IDENTIDADE, LUGAR de curadoria da artista visual Rogeria Maciel - em Vitória da Conquista - BA e do Salão Regional de Artes Visuais - Promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia - Edição Vitória da Conquista - 2008. Vice e trabalha em VItóriA da Conquista - BA

Do seu trabalho artístico, extrai poesia a partir de ações simples tendo a figura humana como motivoprincipal, capturando suas emoções e expressões, sobretudo de idosos e crianças. Na instalção fotográfica Viajando no Varal criada especialmente para o Múltipla Cidade, a fotoartista utiliza-se da forma de objetos do cotidiano, a exemplo de colchas, fronhas e camisas como suporte, para no apresentar com seu olhar atento e sensível os costumes, o cotidiano ou o trabalho da população da região. Trabalho que recebe e compahia das poesias de Lu Rosário.